A opinião é compartilhada pela Polícia Federal e pela indústria: a quarta fase da Operação Carne Fraca é diferente, ainda que seja um desdobramento da primeira etapa. E isso não se resume apenas ao foco da ação, que apura o favorecimento irregular de fiscais federais agropecuários que atuam na fiscalização de frigoríficos. Inclui desde a forma de divulgação e a possíveis impactos ao setor.
Se em março de 2017, quando foi deflagrada a primeira etapa, a forma de comunicar o fato gerou críticas, e o resultado foi considerado desastroso para a imagem dos produtos brasileiros no mercado externo, agora, a percepção é outra.
— A operação não compromete, porque ficou clara a certeza de que houve mudança no processo de responsabilidade. Isso nos deixa bem seguros — afirma Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) que embarca amanhã para participar da Feira de Anuga, na Alemanha, da qual participam 23 empresas brasileiras.
Tom semelhante foi adotado pelo superintendente regional no Paraná da Polícia Federal , Luciano Flores de Lima, ao avaliar a ação:
— Vai fortalecer o Brasil ainda mais como um país sério, que controla sua produção, inclusive animal. A seriedade de um país, de suas leis, da fiscalização é bem-vista pelos outros países. E isso fortalece ainda mais a credibilidade do comércio brasileiro no cenário internacional.
Em nota, o Ministério da Agricultura reforçou que a operação traz desdobramentos de investigações relativas a fatos ocorridos até 2017. E se diz confiante na "área de fiscalização agropecuária, já reestruturada". Acrescenta que "essa situação é uma exceção à regra e não compromete a efetiva atuação de seus 2,5 mil auditores fiscais".
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