A quarta fase da Operação Carne Fraca, denominada Romanos, foi deflagrada na manhã desta terça-feira (1º) e tem tem como alvos auditores fiscais agropecuários federais em nove Estados, entre eles o Rio Grande do Sul. A ofensiva apura crimes de corrupção passiva em benefício de grupo empresarial do ramo alimentício, que passou a atuar em colaboração com as autoridades públicas na investigação.
O grupo empresarial indicou ao menos o envolvimento de 60 auditores fiscais. De acordo com a Polícia Federal (PF), eles teriam sido favorecidos com vantagens indevidas.
"Há indicativos de que foram destinados R$ 19 milhões para os pagamentos indevidos. Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais", informou a Polícia Federal.
Cerca de 280 policiais federais cumprem, desde as primeiras horas da manhã, 68 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, no Paraná.
De acordo PF, o nome da operação, Romanos, faz referência a diversas passagens bíblicas do Livro de Romanos que tratam de confissão e Justiça.