A volta da chuva intensa no final de semana colocou água no ritmo da safra. Lavouras de verão estão em período de semeadura e, as de inverno, em colheita. Para o arroz, o principal problema trazido pelas precipitações é a dificuldade de realizar o manejo necessário conforme a etapa de desenvolvimento. Sobretudo na Fronteira Oeste, onde o plantio está mais avançado — chegou a 76,27% na região, conforme o último relatório Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
— Áreas semeadas na segunda quinzena de setembro estão na época de aplicação de ureia, importante para o desenvolvimento das plantas, e que deve ser colocada no solo seco — explica Ivo Mello, coordenador regional da Fronteira Oeste do Irga.
No quadro geral do Estado, no entanto, houve pequeno avanço em relação ao dado anterior. O avanço foi de menos de dois pontos percentuais, somando agora 48,4% da área estimada, de 946,36 mil hectares. A zona mais atrasada é a da Região Central, com 11% semeado.
— Ainda estamos bem dentro da janela de plantio, que vai até 15 de novembro — avalia Mello.
Mas as precipitações atrapalharam a colheita de trigo, principal cultura da safra de inverno. Em São Luiz Gonzaga, nas Missões, foram 152 milímetros entre o domingo (27) e esta segunda-feira (28). E o trigo é uma cultura sensível ao excesso de umidade nessa etapa. Como a chuva foi pesada, poderá haver danos pontuais.
— A boa notícia é que nas áreas mais representativas da cultura, a colheita está bem adiantada — pondera Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro-RS).
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