Gisele Loeblein

Gisele Loeblein

Jornalista formada pela UFRGS, trabalha há 20 anos no Grupo RBS e, desde 2013, assina a coluna Campo e Lavoura, em Zero Hora. Faz também comentários diários na Rádio Gaúcha e na RBS TV.

No meio do caminho 

RS tem quase metade da área de arroz semeada

Chuva dos últimos dias levou à pausa no trabalho de plantio, que deve ser retomado com a volta do tempo bom 

Gisele Loeblein

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Raquel Flores / Irga/ Divulgação
Regiões da Fronteira Oeste, da Zona Sul e da Campanha tiveram um bom ritmo inicial de plantio, de acordo com o instituto

O plantio de arroz no Rio Grande do Sul chegou praticamente à metade da área total estimada. Segundo boletim do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) desta sexta-feira (18), 46,8% dos 946,33 mil hectares projetados já foram semeados. As regiões da Fronteira Oeste, da Zona Sul e da Campanha tiveram um bom ritmo inicial, aponta o órgão. Mas a chuva intensa registrada nos últimos dias acabou dando uma pausa no trabalho, que só deve ser retomado com a volta do tempo bom. 

O Estado deverá entrar na última semana de outubro com os outros 50% da área ainda por cultivar — a janela de plantio se estende até metade de novembro.

Ao mesmo tempo em que comandam o trabalho nas lavouras, arrozeiros estão de olho nas opções colocadas à mesa para a renegociação de dívidas. Ao longo da semana, o Banco Central publicou resolução que libera R$ 1 bilhão com juro reduzido — a partir de equalização feita pelo governo. Desse montante, metade vem do BNDES e metade da poupança rural. Vale para qualquer produtor, mas não pode ser acessado por aqueles que estão em perdas bancárias.

Há ainda o financiamento com juro de 10% aberto pelo Banco do Brasil (BB), instituição que responde por cerca de 60% do crédito rural. Um mutirão, com reuniões pelo interior do Estado, está sendo feito.

— Precisamos que o produtor procure estar presente nesses encontros — reforça Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS).

Ele acrescenta que a entidade também está enviando ofício a outros bancos para que adotem modelo de renegociação, a exemplo do que fez o BB. E há ainda a comunicação com o próprio Ministério da Agricultura, para que auxilie a tornar a linha liberada efetiva.

Outro caminho, esse mais de médio prazo, é a medida provisória do agro, que estabelece, entre outras coisas, o fundo de aval fraterno. A comissão que vai analisar as 349 emendas apresentadas está formada e vai definir cronograma de trabalho. O presidente, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), disse que a expectativa é resolver o assunto em dois meses.

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