Com a safra em período de plantio e outras medidas ainda pendentes de desdobramentos — caso da linha do BNDES com juro equalizado e do fundo de aval fraterno, criado pelo medida provisória do agro —, entidades apontam outro caminho para o produtor de arroz que tem pressa em resolver passivos. A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS) e a Federação da Agricultura (Farsul) estão orientando agricultores a buscarem a renegociação com os bancos.
— O produtor não pode ficar esperando pelas linhas do BNDES ou pelo fundo de aval. Pela situação de hoje, não temos condições de saber se essas medidas terão efetividade — observa Alexandre Velho, presidente da Federarroz-RS.
A expectativa é de que medida adotada pelo Banco do Brasil (BB), com recursos liberados para renegociação com juro reduzido, motive outras instituições a seguirem o mesmo caminho. Anderson Quevedo do Nascimento, gerente de mercado Agronegócios do BB, explica que a linha em questão "se espelha na do BNDES". Teve corte de 12% para 10% no juro e até 12 anos de pagamento e até três anos de carência.
— É realmente para ir ao encontro do produtor que precise — completa Nascimento, acrescentando que poderá ser acessada não só pelo arrozeiro.
Haverá reuniões sobre o tema em seis municípios: Uruguaiana (no dia 16), Alegrete (17), Dom Pedrito (22), Pelotas (23), Santa Maria (29) e Porto Alegre (30).
Há ainda outra alternativa, que deve ser implementada neste mês. É um alongamento voltado ao fornecedor. O Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) permite que empresas busquem crédito com o banco, para repassá-lo aos produtores — usando cédulas de produto rural como garantia. Também está sendo modelado um projeto-piloto usando o fundo de aval fraterno para produção de arroz na Campanha.
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