A poucas semanas do início da semeadura no Estado, retrato da intenção de plantio de arroz na safra 2019/2020 mostra recuo de 3,8% na área. Levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) confirma as projeções que vinham sendo feitas de redução do espaço à cultura em solo gaúcho, reflexo da crise enfrentada pelo setor. Como esse dado é a partir do que o arrozeiro pretende semear, pode haver modificações.
— Tem uma parcela de produtores que ainda aguarda sinalização de medidas que possam dar fôlego para plantar toda safra que pretende — observa Ivo Mello, coordenador regional da Fronteira Oeste do Irga, indicado para assumir a diretoria técnica do órgão.
A maior redução ocorrerá na Planície Costeira Externa, que engloba municípios como Mostardas, Palmares do Sul e Santo Antônio da Patrulha. E, se por um lado, o arroz perde espaço, por outro, a soja cultivada em rotação com o cereal vem ganhando. A área deve crescer 3,2% no próximo ciclo.
Na Fronteira Oeste o avanço deverá ser de 16,30%. O preço atrativo da soja em reais seria um dos motores dessa expansão.
— Do ponto de vista agronômico, a rotação também é muito positiva. Onde planta soja, no ciclo seguinte, tem aumento de 15% a 20% em produtividade no arroz — reforça Mello.