Produtores de arroz do Rio Grande do Sul aproveitaram o dia dedicado ao cereal na programação da Expointer para reiterar ao governador pedido de redução da alíquota do ICMS na venda interestadual do produto em casca. Provocado sobre o tema em evento no Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Eduardo Leite adotou o tom de conciliação. Disse que equipes do Piratini analisam o assunto com cuidado, pesando os argumentos dos produtores e da indústria:
— Queremos um setor produtivo no campo, mas não podemos desprezar a importância de uma indústria que agrega valor. Essa conciliação não é tarefa fácil.
Para a coluna, Leite disse que espera ter nas próximas semanas “maior clareza para a tomada de decisão consciente”. Para ter o efeito desejado, o ideal é que a definição saia até outubro, avalia Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz):
— Como houve alongamento das parcelas de custeio, teoricamente, em outubro, teríamos a volta da oferta elevada do produto.
A sinalização também é avaliada como importante para a tomada de decisão da próxima safra de verão. Por ora, o Irga projeta redução de área de 5%.
No encontro, o governador traçou paralelo entre a Previdência e o arroz. Lembrou que o pagamento dos inativos traz déficit de R$ 12 bilhões ao Estado por ano, o que representa metade da receita líquida do ICMS. E isso impede investimentos capazes de garantir maior competitividade.
— Previdência e arroz têm tudo a ver — disse.