Uma agtech (startup do agro) gaúcha está entre as 10 finalistas mundiais da edição 2019 do Accelerate2030, iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com a Impact Hub. A SoluBio, de Panambi, no Noroeste, deixou para trás concorrentes do mundo todo — foram 1,1 mil inscritos. Agora, participará de ações que têm por objetivo dar escala global aos negócios. Todos os selecionados têm em comum o fato de produzirem inovações alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
No próximo mês, dois integrantes da empresa e um consultor desembarcam em Genebra, na Suíça, para participar de encontro sobre finanças sustentáveis. Será o início de série de atividades que se estendem até abril do próximo ano.
— Nosso mapa de escala é levar o produto para o mercado europeu, africano e norte-americano — explica Mauricio Schneider, diretor de Estratégia e Operações da Solubio.
A agtech surgiu há apenas três anos e criou uma solução que permite ao agricultor desenvolver produtos biológicos para o controle de pragas na propriedade. Em seu site, se define como "o Nespresso do agronegócio". E explica: "Fornecemos a máquina, a cápsula e a assistência técnica para você poder produzir seu próprio defensivo na fazenda".
— Na verdade, o produtor está montando um laboratório com padrão industrial — completa Scheinder.
Atuando no Brasil — e em negociação para entrar no Mercosul —, a SoluBio soma 1 milhão de hectares em que a tecnologia já é utilizada, em cem propriedades, incluindo grandes grupos do agronegócio brasileiro.
Sobre as razões que levaram a agtech a ser selecionada, o diretor de Estratégia e Operações da SoluBio opina:
— Temos clareza de objetivo, nossa solução acaba impactando os objetivos de desenvolvimento sustentável e provamos que nosso modelo de negócio está consolidado.
A outra startup brasileira selecionada para o programa é a Portal Telemedicina, da área da saúde.