Terminada a Expointer, a pecuária gaúcha seguirá no centro das atenções por conta da auditoria do Ministério da Agricultura, que se inicia nessa segunda-feira (2) e vai até sexta-feira (6). Esse trabalho, realizado por técnicos, tem papel fundamental no futuro da atividade. É da avaliação feita nos cinco dias que sairá o parecer que dirá se o Rio Grande do Sul tem condições ou não de deixar de vacinar o rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa.
O tema que pautou importantes debates, incluindo o 1º Fórum Nacional bianual do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, seguirá ecoando até o martelo ser batido.
— Esperamos o resultado da auditoria do ministério para ouvir os sindicatos rurais. Caso seja positivo, temos de avaliar as condições e qual é custo disso tudo. Se for ruim e o Paraná avançar, também temos de fazer análise, porque aí há interesse da exportação da genética gaúcha, e isso envolve as associações de raça — pontuou Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado.
E se ainda há dúvidas por parte de produtores, no campo técnico o ministério já trabalha para agilizar potenciais parcerias comerciais em caso de evolução do status sanitário. Há tratativas em andamento para que o Japão, por exemplo, realize inspeções técnicas.
— A visão do ministério não se baseia em palpite, mas em auditorias tecnicamente embasadas, em relatórios que informam que o serviço veterinário dá condições de evoluir — avalia Bernardo Todeschini, superintendente do ministério no RS.