A expectativa pela participação do presidente Jair Bolsonaro na 42ª Expointer era grande. Organizadores estimavam que o chefe do Executivo brasileiro estivesse presente na cerimônia de abertura oficial, que ocorre nesta sexta-feira (30) na pista central do parque Assis Brasil, em Esteio, por onde passarão os animais que conquistaram as rosetas de grandes campeões da feira.
Mas, conforme a data se aproximava, e a crise causada pelos incêndios na Amazônia se alastrava, essa possibilidade foi ficando cada vez mais distante. A falta de anúncios a serem feitos para o setor primário, que apoiou e segue apoiando o governo, seria um dos motivos pelos quais o presidente teria sido aconselhado a não vir.
Depois, veio a informação de que o vice-presidente Hamilton Mourão ocuparia a tribuna de autoridades, representando o Planalto. Na tarde desta quinta (29), no entanto, sua assessoria confirmou que ele não viria porque está cumprindo agenda no Espírito Santo.
Caberá à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a missão de representar o governo federal na cerimônia. A titular, que transferiu o gabinete para o parque por dois dias, tem sido um dos nomes fortes da atual gestão.
E usou de toda franqueza que lhe é peculiar para responder às perguntas feitas por produtores, que cobram soluções para problemas como o do endividamento do arroz.
Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira diz que as ausências de Bolsonaro e Mourão não frustram porque Tereza Cristina tem representatividade. E isso é verdade. Mas ela não ocupa a cadeira presidencial.
No ano passado, na condição de candidato, Bolsonaro arrastou consigo uma multidão enquanto circulou pela feira. E talvez por isso se esperava que viesse prestigiar, como presidente, o apoio recebido do setor. Apesar de, no cenário nacional, nomes do agronegócio terem externado preocupação com a postura do Planalto em temas globais, em Esteio, o suporte a ele se mantém.