A diferença de rendimento da safra e, por consequência, da rentabilidade do produtor tem muita relação com a escolha certa da cultivar a ser semeada. Estudo feito pela Fundação Pró-Sementes em parceria com a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) em lavouras de soja no ciclo 2018/2019, evidencia isso. Em Santo Augusto, no Noroeste, onde foi registrada a maior produtividade média, a diferença entre o rendimento máximo, de 125 sacas por hectare, e o mínimo, de 101 sacas por hectare, é de 24 sacas. Isso representa R$ 1,7 mil por hectare, quantia significativa em período de custos elevados.
— Isso só considerando a escolha da cultivar. Se aliar outras técnicas na propriedade, pode ampliar ainda mais o resultado — pondera a engenheira agrônoma Kassiana Kehl, coordenadora da unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Pró-Sementes.
Os resultados vêm de áreas monitoradas em nove pontos do Estado: Bagé, Cachoeira do Sul (dois ambientes), Passo Fundo, Santo Augusto, São Gabriel, São Luiz Gonzaga, Tupanciretã e Vacaria. No total, 38 cultivares — de ciclo precoce e de ciclo médio — foram testadas.
A ideia do estudo, que está na 10ª edição , é fornecer insumo precioso à produção: a informação. Alexandre Levien, diretor da Fundação Pró-Sementes, acrescenta que o objetivo é que os produtores possam utilizar os resultados como referência para a tomada de decisão na safra futura.
O estudo completo pode ser acessado nas páginas de Fundação Pró-Sementes e Farsul.