Com o período de consulta pública encerrado na quinta-feira (6), a reavaliação toxicológica do glifosato no Brasil caminha para as etapas finais. A projeção do órgão é de que a conclusão ocorra até o final de 2019.
O processo foi iniciado em 2008. Em fevereiro deste ano, técnicos do órgão emitiram parecer no qual dão aval para que o princípio ativo siga sendo utilizado nas lavouras brasileiras, sob o argumento de que não apresenta características carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas (ou seja, capaz de causar câncer ou provocar má formação em fetos na gravidez).
A partir do relatório técnico, abriu-se prazo de 90 dias para a consulta pública, que terminou ontem.
Segundo a Anvisa, os próximos passos do processo são: consolidação e análise das informações coletadas na consulta pública, apresentação da proposta final de resolução e, por fim, votação pela diretoria colegiada.
O glifosato, que é usado em mais de 90% das lavouras de soja do país e é considerado ferramenta essencial dentro do sistema de plantio direto, tem sido alvo de contestação nos tribunais americanos. Em três casos diferentes, a Justiça condenou a fabricante Bayer.