A necessidade de colocar no mercado maçã pronta para consumo e com maior durabilidade foi o combustível para pesquisa desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas. E a solução acaba de ser encontrada. Literalmente.
Pesquisadores desenvolveram mistura antioxidante, para retardar o escurecimento da fruta, garantindo tempo de prateleira seis vezes maior: até 12 dias.
– Em outros países, é comum ter esse tipo de fruta pronta para consumo. Isso estimula uma alimentação saudável – explica Rufino Fernando Flores Cantillano, pesquisador na área de fisiologia pós-colheita.
A solução desenvolvida é fundamental para tornar possível o desejo de empresas da Serra de vender o produto fatiado para mercados como o de São Paulo. A demanda por produtos de maior valor agregado veio da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM).
– Elas têm interesse que a fruta faça parte desse comércio – completa Cantillano.
No total, 40 pesquisadores, da Embrapa e de universidades, trabalham com o monitoramento de diferentes aspectos para agregar valor à maçã. A estimativa é de que, dentro de um mês, boletins técnicos, com a recomendação do produto e das dosagens estejam disponíveis via Embrapa.