A safra recorde colhida no país e a melhora do ambiente econômico fizeram as vendas de equipamentos agrícolas voltarem a subir. O faturamento do setor no ano passado chegou a R$ 13,5 bilhões, 7,2% acima de 2016 e o melhor resultado desde o recorde de 2013 (R$ 19,4 bilhões). As estatísticas são da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e excluem tratores, colheitadeiras, setor de irrigação e armazenagem.
Com a continuidade de retomada da atividade no país, a entidade espera um 2018 ainda melhor. Os financiamentos, que fluíram bem ano passado, também tendem a transcorrer sem percalços.
– Projetamos crescer entre 5% e 8%, mas sobre uma base de comparação mais forte – espera o presidente da CSMIA, Pedro Bastos.
O mercado externo também ajudou a tracionar o desempenho. As exportações subiram 84,5% e chegaram a US$ 923,5 milhões. O resultado foi reflexo da maior demanda da Argentina. Colômbia e Rússia também compraram mais do país, revela Bastos.
Outro indicador que melhorou foi a utilização da capacidade instalada, agora na ordem de 76%. Bastos estima que, para o setor voltar a fazer investimentos, o percentual terá de superar os 85%.
Reflexo da crise, o emprego não subiu tanto quanto os demais componentes observados pela câmara. O avanço foi de apenas 0,6%. Após a recessão, as empresas partiram para melhorar processos e automatizaram as plantas, em busca de maior produtividade. As contratações, diz Bastos, dependem da continuidade do crescimento das vendas do setor.