Líder da chapa de oposição, o médico veterinário Air Fagundes (foto acima) assumiu nesta semana, pela terceira vez, a presidência do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS).
A cerimônia oficial de posse ocorre nesta sexta-feira. Ele conversou sobre desafios do cargo.
Como o conselho vê o projeto de terceirização da inspeção estadual?
Quando assumimos, a lei já estava aprovada, e entendemos que a função do conselho, que é uma autarquia, é fazer o que está previsto na lei. Nosso papel é fazer com que seja bem aplicada. Há preocupação com a qualificação desse profissional (o médico veterinário da iniciativa privada que poderá fazer a inspeção no Estado). O consumidor está cobrando isso. Quer um produto e um serviço de qualidade. Existe uma possibilidade de o conselho gerir o treinamento desses veterinários que trabalharão na inspeção.
Qual seria exatamente a competência da entidade?
Seria fazer o treinamento, qualificar. Esses profissionais seriam cadastrados pelo conselho. A atribuição de monitorar esses profissionais é do conselho.
E como o senhor enxerga a possibilidade da retirada da vacina contra a febre aftosa no Estado e no país?
Vou convidar técnicos para oficialmente tirarmos uma posição. Devemos ter comissões para assuntos específicos, entre os quais, o da aftosa.
Ação movida e acolhida pelo STJ prevê liberação do registro de agropecuárias no órgão. Isso preocupa?
Sim, precisamos que a sociedade civil nos ajude. Hoje, há exigência da presença de um responsável técnico nas revendas, onde são vendidos antibióticos, anestésicos. O conselho fiscaliza isso. O estabelecimento pode ser submetido a processo administrativo. Essa "vitória" das agropecuárias (em ação movida em São Paulo) é nociva.