Acima do previsto pelo mercado financeiro, a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou outubro em 0,56%, ante 0,44% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador de 12 meses acumula 4,76%, acima da meta para 2024.
Houve aumento da bandeira tarifária, elevando as contas de luz, o que era previsto pela seca ter baixado muito os reservatórios das hidrelétricas. Também chamou a atenção o aumento do preço da carne, provocado pelas perdas de pastagens com as queimadas e a estiagem no centro do país.
A reação do mercado financeiro tem sido de queda das ações na bolsa de valores e alta do dólar, com consequente avanço dos juros futuros. Isso porque o cenário é que a reação do Banco Central seguirá de aperto monetário com aumento da Selic.
Esta previsão, por sua vez, pressiona mais ainda o governo Lula para que anuncie de uma vez o pacote de corte de gastos, trazendo segurança de que será executado, cumprindo o arcabouço fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem feito reuniões em série nesta semana dentro do governo para acertar os ponteiros sobre as medidas. Cortes de gastos sociais têm provocado as maiores divergências.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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