Fabricante de móveis da Serra que entrou no mercado imobiliário, a Hasam construirá um condomínio residencial de R$ 150 milhões em terreno de 17 mil metros quadrados que pertenceu à família Renner, em Gramado. Serão três torres de 18 metros de altura, com cinco andares. Os apartamentos mais altos terão vista para o Lago Negro e o centro da cidade.
O Smart Park Firenze terá 99 unidades. O metro quadrado deverá ficar entre R$ 20 mil e R$ 38 mil. O início da obra ainda depende de licenças da prefeitura. Com elas, a construção começa em 60 dias, gerando 100 empregos, e a entrega será 48 meses depois.
— Os apartamentos virão mobiliados, com piso aquecido e janelas com vidro duplo, muito comum na Suíça. Como o terreno é grande, as torres serão mais afastadas uma da outra. Ainda tem espaço para construir mais duas — diz o diretor Felipe Werpp, que projeta bater R$ 280 milhões em vendas.
Na área comum, haverá piscina aquecida, academia, salão de festas, área com lareira, pracinhas infantis e sauna.
Outros projetos
A primeira obra da Hasam será entregue no final do ano, com 210 unidades em Gramado. Outros dois estão em obra na Serra, e há três projetos em fase de licenciamento: o Chianti, com 540 apartamentos em Canela; e, em Gramado, o Lucca, com 300 unidades, e o Quartiere Milano, com 450 unidades. A Hasam também comprou um terreno de 27 mil metros quadrados na frente do aeroporto de Canela. O projeto está sendo elaborado.
Plano adiado
Já a expansão de sua fábrica de móveis, onde antes ficava a Chocolates do Parke, em Gramado, não deve sair do papel tão cedo. O pedido de licenças já tramita na prefeitura, mas a empresa diz que o plano será adiado porque, após a enchente, que fez suas vendas caírem 80%, apesar de o setor como um todo ter aumentado em 27% a produção. A Hasam planejava investir R$ 30 milhões para ampliar o espaço em 10 mil metros quadrados. A área que já existe, de 9 mil metros quadrados, passou por adaptações e recebeu equipamentos trazidos da Itália e da Alemanha. Eles são usados para fabricar móveis e até as paredes dos projeto da Hasam.
— Estamos vivendo uma crise bem superior do que na pandemia. Hoje, estamos consumindo os recursos para "segurar a peteca". A volta do aeroporto de Porto Alegre é vital para Gramado — diz Werpp.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas.
* Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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