Há risco, sim, de o Rio Grande do Sul perder dinheiro anunciado pelo governo federal para medidas contra a enchente. Pode não ser um "corte", como o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, frisa ao corrigir o termo para "cancelamento". Ainda assim, o Estado perderá na virada do ano o recurso financeiro que não for destinado ou amarrado em projetos que precisam ser enviados pelo governo do Estado e por prefeituras. Isso porque o crédito extraordinário vence em 31 de dezembro, quando acaba o prazo da situação de calamidade pública pós-enchente. Depois disso, é "cancelado".
Neste risco, entram vários programas. A coluna destaca, em especial, o valor destinado a empréstimos a empresas. Aliás, o secretário Ceron ficou surpreso com o fato de que o Banco do Brasil, que opera o Fundo Garantidor de Operação (FGO), ainda não ter autorizado as instituições financeiras a retomarem Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe Solidário), mesmo com a publicação ainda na segunda-feira (23) da lei que autorizava a volta dos empréstimos a pequenos negócios. Depois da entrevista ao Gaúcha Atualidade, o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, enviou à coluna mensagem dizendo que será retomado hoje.
Tem ainda o programa de manutenção de empregos, que paga parte do salário de funcionários de empresas atingidas pela enchente. Vários negócios estão com dificuldade de entrar no sistema da Dataprev da mancha de inundação e aguardam a repescagem, que Pimenta espera fazer. Enquanto isso, tem R$ 1,2 bilhão à espera e, também, sob risco.
Ouça a íntegra das entrevistas do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e do secretário da Reconstrução do RS, Pedro Capeluppi.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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