Conhecido como "camelódromo", o Pop Center, além de ter saído ileso da inundação do centro de Porto Alegre, teve aumento de 30% no fluxo de pessoas, passando a receber 30 mil pessoas por dia. As lojas não foram atingidas porque sua estrutura é alta, ficando acima de um terminal de ônibus. O centro comercial chegou a ser chamado de "Arca de Noé" pela CEO Elaine Deboni.
Ainda assim, há 189 espaços vagos para comerciantes. O aluguel custa R$ 60 por semana a cada 4 metros quadrados ocupados. Hoje, o Pop Center conta com 571 lojas abertas.
— O entorno ficou prejudicado, lojas foram inundadas e saqueadas. É ruim dizer isso, mas quem veio no Centro comprar encontrou o Pop funcionando. No segundo dia em que a água escoou, usamos geradores e reabrimos — conta Elaine, que ainda não tem os dados de venda no período.
A coluna foi ao local. Na Comercial JM, de eletrônicos, o movimento até aumentou em junho, mas já voltou ao patamar de antes da enchente. O funcionário Guilherme Feijó conta que os clientes foram repor perdas da enchente, como rádios e fones de ouvido.
Saleti Fernandes tem uma loja de videogames, a ACR Games. Relata que o fluxo aumentou logo após a cheia, mas agora, para ela, está pior do que antes. Na praça de alimentação, ao lado, apenas uma lanchonete está funcionando.
— O que ajuda é o Tudo Fácil e o caixa eletrônico aqui do lado. Pessoal passa e compra algo, mas tem dias em que faço apenas três vendas — diz a comerciante.
A chegada do Tudo Fácil, que reúne serviços públicos, aumentou em até 3 mil pessoas o fluxo diário de pessoas.
— Nosso público é fiel, o preço é atrativo. Durante a enchente, ninguém nos deixou. Os espaços vazios serão ocupados, temos interessados se inscrevendo em nosso edital. Alguns que nos deixaram se aposentaram, outros vendiam produtos que iam contra a nossa política — completa a CEO.
* Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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