O jornalista Guilherme Jacques colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço.
Depois de o frio puxar as vendas e ajudar na recuperação de alguns setores do comércio de Porto Alegre, o veranico dos últimos e próximos dias obriga lojistas a mudarem o foco. Com as temperaturas mais altas, o setor de vestuário é o principal afetado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas POA), Arcione Piva, as vendas devem cair em valor absoluto, mas não em quantidade. Isso porque os produtos da chamada meia-estação costumam ter preço menor do que os casacões de inverno.
— O veranico, dessa vez, não veio em maio. Chegou em julho. Mas o comércio de vestuário, em geral, se prepara para esse período — avalia.
A exceção, neste ano, fica por conta dos estabelecimentos que foram totalmente impactados pela enchente, perdendo seus estoques:
— Esses vão ter um desafio um pouco maior, se priorizaram a reposição dos itens de inverno. Apesar de que acredito que tenham também pensado na meia-estação.
Por falar em reposição, em pesquisa do Sindilojas destacada pela coluna, 32% dos comerciantes de vestuário disse que suas vendas foram beneficiadas pela enchente. Afinal, os clientes precisavam repor o que foi perdido ou doado em roupas de inverno. Agora, deve haver movimento semelhante, mas para os itens de calor.
Tempo bom
Se por um lado cai o valor absoluto de vendas, por outro aumenta o movimento nas ruas. Uma variável importante, segundo Piva:
— Tivemos um bom final de semana, com movimento forte no comércio. Reflexo do tempo bom e de ser período de férias, com muitas pessoas ficando pela região.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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