A prefeitura de Porto Alegre fará as reformas que permitirão a retomada dos negócios na orla do Guaíba. Porém, ainda não há prazo para isso. A área foi inundada em maio e, no último final de semana, ficou alagada novamente em algumas partes. Secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores diz que serão instaladas novas portas nos restaurantes, a rede elétrica será refeita e os banheiros serão reformados. Os espaços são da prefeitura e os empreendedores são permissionários.
— Estamos elaborando o projeto, falando com técnicos e precisamos que a chuva pare para prosseguir. Trocaremos materiais por outros mais resilientes para não deixar a Orla tão exposta — diz Flores, sem detalhar ainda as mudanças.
Os donos dos bares pagam aluguel para a prefeitura no trecho 3 e para a concessionária GAM 3 Parks no 1. Porém, ficou acertado que o poder público bancará a reforma inclusive da área concedida. Flores diz que o contrato prevê esta responsabilidade sobre estes danos da cheia. A GAM reafirma isso e complementa que sua função é fazer gestão e manutenção.
Negócios
Proprietário do Sunset Poa, Leandro Oliveira quer reabrir as unidades dos trechos 1 e 3 e reclama do vandalismo. No trecho 1, a concessionária colocou chapas de metal na entrada dos estabelecimentos para impedir o acesso de criminosos.
— Mas ainda está sem as portas de vidro. Tá um horror. Tem gente vandalizando as lojas, além do estrago que a água fez — diz o comerciante.
Como a coluna já havia dito, o empresário Edemir Simonetti só reabrirá o Baruno, no trecho 1 da Orla, se tiver empréstimo com juro baixo. Ele reabriu o 360 Poa Gastrobar, que fica em cima do Guaíba, mas em um nível mais alto.
— Nosso caso é o mesmo de outros negócios aqui da Orla, do 4º Distrito e do Centro Histórico. Precisamos de financiamentos subsidiados, com carência e longo prazo. Salvar as empresas é salvar emprego — diz Simonetti, que também é diretor do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha).
Ramon Nobre, dono do Espartano da Pista, no trecho 3, sugere à prefeitura que sejam instalados contêineres para que comerciantes possam seguir operando no nível da Avenida Edvaldo Pereira Paiva.
— Queremos retomar, mas dependemos de estrutura para voltar — diz o empresário.
* Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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