Fabricante de artigos em couro de Bento Gonçalves fundada em 1917, a Fasolo prepara seu pedido de recuperação judicial, que deve ser ajuizado ainda em julho. A dívida da empresa é de aproximadamente R$ 160 milhões, e os credores são principalmente bancos e securitizadoras.
— A empresa enfrenta dificuldades financeiras há alguns anos, se agravando de 2023 para cá. Ela não foi atingida pela enchente, mas teve um mês de faturamento quase zero — diz o advogado Anaximenes Ramos Fazenda, do escritório Hackmann e Costa, que representa a Fasolo.
No final de junho, a empresa conseguiu na Justiça uma medida cautelar antecipatória, que evita retenção de bens até que o pedido de recuperação seja formalizado. Se for aceito pela Justiça, a Fasolo terá que apresentar um plano de reestruturação, que precisará ser aprovado pelos credores.
A estratégia, segundo o advogado, será renegociar dívidas e levantar capital, especialmente com venda de imóveis ociosos. Não há a intenção de buscar crédito. A empresa está com 200 funcionários.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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