Foi autorizada pela Justiça a recuperação judicial da Fasolo, fabricante de artigos em couro de Bento Gonçalves fundada em 1917. A dívida da empresa é de aproximadamente R$ 155 milhões, segundo Augusto von Saltiél, sócio da Von Saltiél Administração Judicial, nomeada para fiscalizar o cumprimento do plano de reestruturação. A empresa gera 200 empregos diretos e 250 indiretos.
- O plano de recuperação deverá ser apresentado no prazo máximo de 60 dias, visando reorganizar a empresa financeiramente e assegurar a continuidade de suas operações - diz o administrador judicial.
Os credores são principalmente bancos e securitizadoras. No final de junho, a Fasolo havia conseguido na Justiça uma medida cautelar antecipatória para evitar retenção de bens.
— A empresa enfrenta dificuldades financeiras há alguns anos, se agravando de 2023 para cá. Ela não foi atingida pela enchente, mas teve um mês de faturamento quase zero — explica o advogado Anaximenes Ramos Fazenda, do escritório Hackmann e Costa, que representa a Fasolo.
A estratégia, segundo o advogado, será renegociar dívidas e levantar capital, especialmente com venda de imóveis ociosos. Não há a intenção de buscar crédito.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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