O vaivém do ICMS no Rio Grande do Sul provavelmente seria evitado com diálogo lá no início, ainda em novembro do ano passado. Saber por vazamento de informação que seria proposta alta forte do tributo de 17% para 19,5% já levou à fúria de entidades empresariais, que influenciam deputados na votação do projeto. As conversas ocorreram depois, mas já em um ambiente de muita animosidade e com argumentos questionados.
O novo texto, que também será retirado, traz 19%, alíquota de ICMS ainda alta para apoio significativo de federações empresariais. As cerca de 20 entidades que cederam à pressão do corte de incentivos e sugeriram a elevação não são suficientes para representar o setor produtivo.
Algumas entidades, como a Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), não aceitariam aumento algum de carga tributária. Mas outras, como a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA) apoiariam, por exemplo, 18%. Estas já dariam respaldo aos parlamentares para votarem a favor. Há espaço para o governador Eduardo Leite propor uma alta menor da alíquota e encaminhar a revisão dos incentivos fiscais de forma mais pontual e não linear.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@diariogaucho.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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