O jornalista Paulo Rocha colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Um projeto social de reforma de casas une a Gerdau e o empresário João Paulo Pacífico no Rio Grande do Sul e em mais cinco Estados. Pacífico é o executivo do mercado financeiro que, recentemente, ficou conhecido por ser o único multimilionário brasileiro a assinar um documento defendendo que os ricos pagassem mais impostos.
É com a ajuda da empresa do investidor, a Gaia Investimentos, que a Gerdau financia uma parte do projeto Reforma que Transforma. Lançado em 2022, o programa doa a reforma de imóveis a famílias carentes ou financia essas obras a juros subsidiados.
No Rio Grande do Sul, o projeto acontece em Sapucaia do Sul e Charqueadas, municípios onde a Gerdau possui fábricas. Ao todo, no país, são 12 cidades em seis Estados.
— Quando a Gerdau completou 120 anos, em 2021, pensamos em qual o legado que a empresa poderia deixar para a sociedade — explica Paulo Boneff, líder de responsabilidade social da Gerdau, sobre a motivação para o projeto.
Conforme balanço da siderúrgica, neste dois anos, 68 casas foram reformadas em Charqueadas e 27 em Sapucaia do Sul. No país, foram 1.264 obras doadas. É possível arrumar uma parte da casa. As áreas mais demandadas são banheiro, cozinha e teto.
Caso a pessoa interessada não se enquadre nos quesitos para ganhar de graça a obra, ela ainda pode pleitear o financiamento com juros subsidiados. O pagamento deve ser feito em até 24 vezes. É aí que entra a parceria entre a Gerdau e a Gaia Investimentos.
Paulo Boneff conheceu João Paulo Pacífico através de um parceiro de negócios em comum. Em 2022, a empresa de investimentos lançou uma debênture — um título de dívida — formado pela doação de R$ 10 milhões da Gerdau. É esse dinheiro que as famílias tomam emprestado para as reformas.
— O beneficiário paga as 24 parcelas e o dinheiro volta para ajudar outra família, gerando um efeito de alavancagem — explica o executivo da Gerdau.
Ao todo, a Gerdau doará R$ 40 milhões ao longo de 10 anos do Reforma que transforma, sendo R$ 10 milhões da debênture. O programa também se destaca por priorizar fornecedores de materiais e mão-de-obra locais. A empresa estuda ampliar para outras cidades dentro de um ou dois anos.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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