Ao completar 10 anos e com 97% de ocupação, o Shopping Pelotas se prepara para dobrar de tamanho. A obra será em duas fases, com investimento de R$ 30 milhões na primeira etapa. O projeto foi detalhado ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, por Mathias Kisslinger, sócio-empreendedor e diretor do fundo de investimentos Phorbis; Luis Eduardo Santos, sócio-empreendedor da Real Empreendimentos; e Daiçon Maciel da Silva Junior, gerente-geral do shopping. Confira abaixo trechos da entrevista e assista à íntegra no final da coluna.
Por que a expansão agora?
Kisslinger: Vemos o desenvolvimento que o shopping trouxe à região. Atrás, temos um bairro novo. O eixo de crescimento da cidade veio para o lado do shopping. É regional, traz gente do sul do Estado: Santa Vitória, Rio Grande, Jaguarão, Bagé... Superamos momentos de dificuldade, como a pandemia, na parceria dos lojistas. Chegou o momento de pensar em crescimento para complementar mais esse centro de comércio regional.
Como será a expansão?
Junior: Tem a possibilidade de, nas duas fases previstas, dobrar o tamanho do shopping, que hoje tem 23 mil metros quadrados de área bruta locável, que é o espaço destinado às lojas. Está em plena ocupação. No Natal, teremos um sorteio de carro elétrico, já na pegada de inovação e sustentabilidade.
Quais são os prazos?
Kisslinger: O projeto está em elaboração, a tramitação deve iniciar em 2024 e prevemos no segundo semestre pensar o início da obra, que levará de oito a 10 meses. É rápido. Planejamos um "deckpark", com estacionamento coberto e operações junto do edifício-garagem. Prevemos um novo acesso, que terá lojas de serviços do dia a dia, como chaveiro e lavanderia.
Qual o impacto da expansão?
Santos: Temos hoje todas as principais âncoras do varejo nacional, como Renner, Riachuelo, Americanas, Ponto, Pernambucanas e Pompéia. Temos também Paquetá e Centauro. Temos cinco salas de cinema. Passam pelos corredores 300 mil pessoas por mês, 100 mil veículos usam o estacionamento, as lojas faturam R$ 30 milhões. Lojas âncoras chegam a ter 50 funcionários. As menores precisam de, no mínimo, quatro. Temos em torno de mil empregos diretos. Já atendemos um público muito grande, somos o primeiro destino que vem na cabeça do consumidor que pensa em resolver algum problema. Isso será reforçado. Imagino que vamos crescer de 20% a 30% a frequência de pessoas e veículos.
Para concorrer com o online, shoppings estão cada vez mais com serviços e lazer. Isso vale para o Shopping Pelotas?
Kisslinger: Temos uma região cada vez mais adensada no entorno, surgindo necessidades, como academia de ginástica e clínicas médicas. Inauguramos uma clínica pediátrica. Mas não deixa de ter uma pequena expansão na área de varejo, porque a compra presencial envolve tempo de recebimento e experimentar o produto. Não descartamos uma instituição de ensino para criar vínculo com a rotina do cliente. Temos que observar o que a comunidade precisa e nos moldarmos. Não é forçar uma vida que não querem ter, mas nos adaptarmos ao que precisam.
Algumas novidades engatilhadas já?
Santos: Temos uma livraria física excelente, que está querendo expandir. Temos uma conversa inicial ainda para instalar um restaurante de uma rede internacional. Pelotas tem iguarias doces, mas também salgadas e vamos trabalhar para manter isso vivo.
Assista ao vídeo da entrevista:
Colaborou Guilherme Gonçalves
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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