Após o anúncio esperado das medidas de incentivo para reduzir o preço dos carros, o próximo passo é o Ministério da Fazenda construir os parâmetros. Para isso, terá 15 dias. Eles serão usados para o decreto, para IPI, e a medida provisória, para PIS/Cofins, que passará pelo Congresso. A intenção é fazer isso acontecer o mais rápido possível, já que a demora prolongará as compras que, agora, ficam adiadas e há pressa do governo federal em reativar as fábricas e as concessionárias. Se tudo correr dentro do previsto, talvez ainda em junho ou julho.
Integrante da diretoria do sindicato que representa as revendas no Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS), Hugo Pinto Ribeiro disse à coluna que, apesar de não haver certeza de prazos, assim que sair o desconto exato para cada modelo, as lojas poderão praticar os novos preços com os estoques já nas lojas. A projeção é semelhante à da associação que representa as montadoras (Anfavea), que informa que os descontos serão imediatos com a publicação do decreto e da MP, valendo inclusive para os veículos nos pátios das fábricas. A entidade, aliás, disse que poderá ter carro a menos de R$ 60 mil.
Para marcar a comemoração do Dia da Indústria, o anúncio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio foi às pressas e, por isso, não trouxe tantos detalhes, principalmente sobre como serão aplicados os critérios para garantir mais ou menos desconto. A faixa de abatimento é grande, indo de 1,5% a 10,96%, aplicado a veículos até R$ 120 mil.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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