Quanto mais poder tiver Geraldo Alckmin no governo federal, mais se agrada o empresariado. Antes tucano, agora PSB, o vice-presidente de Lula e coordenador do Gabinete de Transição será o titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Ele é bem mais liberal, economicamente falando. No próprio anúncio, Lula enfatizou:
— Com a capacidade de articulação política e o respeito dos empresários brasileiros, vai ser um excelente ministro da Indústria e Comércio.
Além dessa aposta na capacidade de diálogo de Geraldo Alckmin, outro ponto positivo para os setores produtivos em questão é a recriação deste ministério. Em uma análise superficial, o empresariado seria contra aumento no número de pastas, mas não contra essa. Ela cria um canal mais direto para encaminhamento das demandas, além de ter mais foco no que indústria e comércio de bens e serviços querem e precisam.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) avalia que a volta do ministério dá a "devida relevância e o foco estratégico para setores fundamentais da economia brasileira". Elogia com veemência Alckmin, pela interlocução e dizendo que é "um político íntegro, honesto e decente". Considerando que o varejo e os serviços respondem por 75% do PIB, o setor espera desonerações e acesso a crédito.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), sinaliza uma "condução firme e engajada da pasta pelo fortalecimento do setor produtivo industrial", complementando que espera a construção de uma política industrial moderna com transição para uma economia de baixo carbono. Para a entidade, Alckmin conhece as prioridades da agenda de desenvolvimento e o que precisa ser feito para reverter a desindustrialização.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna