Um apelo aos donos de postos de combustíveis: não aumentem preço agora. Os protestos de apoiadores de Jair Bolsonaro estão provocando desabastecimento em alguns estabelecimentos, ao mesmo tempo em que os consumidores formam filas por receio de ficarem com o tanque vazio. O estoque não está suprindo a procura, que já seria maior em véspera de feriado, enquanto os caminhões são bloqueados pelos manifestantes.
Sei que procura maior com oferta menor na economia abre espaço para elevação de preços quando falamos em economia de mercado. Mas isso não se aplica neste momento sensível, em que isso só joga gasolina nos ânimos acirrados pelo resultado da eleição presidencial e pelo silêncio ensurdecedor de Bolsonaro.
Então, mais do que um apelo, é também uma dica aos postos. De vítimas da mobilização ilegal, podem passar ao lado dos vilões sob o ponto de vista da sociedade, da opinião pública. Mesmo que seja o repasse de eventuais aumentos de custos, a recepção não será boa, salvo a comunicação seja bastante clara quanto a isso.
Enquanto isso, a Petrobras segue represando reajustes nas refinarias. Há espaço, dentro da política de paridade internacional de preços, para aumentar tanto diesel quanto gasolina. Em geral, ela evita períodos de oscilação, mas, agora, certamente está aguardando as coisas se acalmarem no país. Se dólar e petróleo recuarem nos próximos dias, é possível de que o aumento nem ocorra.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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