Desde que começou o ano, a cesta básica de Porto Alegre ficou, para ser bem exata, R$ 97,96 mais cara. Com o aumento de 6,34% de abril, o custo dos 13 produtos pesquisados pelo Dieese saltou para R$ 780,86.
De janeiro para cá, a alta da cesta básica é de 14,34%. Isso é cinco vezes a inflação geral do período, que fica em 2,82% na região metropolitana de Porto Alegre, segundo o IBGE.
Ou seja, alimentos estão subindo mais. Quem gasta mais do salário com eles é quem sofre mais esse peso, no caso, as famílias mais pobres.
Mas está complicado para a maior parte da população fazer as compras do supermercado caberem nas contas do mês. No ano, a batata subiu 50%. O tomate ficou 37% mais caro. Leite, 27%; farinha, 20%; e por aí vai.
Os hortigranjeiros até começaram a dar uma folga nas últimas semanas após as chuvas regulares amenizarem o impacto da estiagem. Porém, outras elevações apagaram esse alívio. O leite, a farinha e o pão estão entre elas. E esses não caem de preço tão rapidamente. Estão vinculados a aumentos de custos e de commodities no mercado internacional.
Como driblar
Não consigo fugir de toda a alta dos alimentos, mas evito boa parte dela. O que eu faço? Quando é possível armazenar, compro em maior quantidade antes da elevação. É o caso dos grãos e cereais. Na minha casa, não sentimos o aumento do arroz em 2020, nem do óleo de soja.
Mas, no caso dos hortigranjeiros, é mais complicado. Salvo alguns que podem ser congelados, o ideal é que sejam comprados frescos, semanalmente. Ainda assim, consigo economizar. Eu compro em dia de promoção, regra básica. Cada rede de supermercados tem um ou mais na semana. Em geral, na quarta-feira, as empresas fazem as ofertas de hortigranjeiros. Como eles fazem a inflação da minha casa, é quanto eu fico mais atenta aos catálogos que anunciam as promoções. Estou cadastrada em várias redes de mercados para recebê-los no celular.
E digo para vocês que raramente vou até o supermercado, ou seja, ainda economizo na gasolina (e, principalmente, no tempo!). Com a pandemia, aumentou ainda mais a opção de supermercados que vendem pela internet com entrega em casa. Vários usam o WhatsApp ou têm site e aplicativos próprios. Uso também aplicativos que reúnem várias lojas, como iFood e Cornershop. Aliás, até os atacarejos já estão neles, com sua política de preços mais acessíveis.
Sentada no sofá de casa, eu pesquiso os preços e consigo cupons de desconto. Recentemente, recebi dois vouchers de R$ 40 cada em um app.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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