Não consigo fugir de toda a alta dos alimentos, mas evito boa parte dela. Há semanas, a coluna vem alertando que o aumento iria acelerar. Para quem acompanha há quase 20 anos os motivos que levam a comida a ficar mais cara, os sinais sempre são bem gritantes: estiagem, alta do diesel, aumento no campo, elevação dos fertilizantes...
O que eu faço? Quando é possível armazenar, compro em maior quantidade antes da elevação. É o caso dos grãos e cereais. Na minha casa, não sentimos o aumento do arroz em 2020, nem do óleo de soja. Dá para fazer um pouco isso também com o leite, que foi o item que mais subiu de preço no último mês e terá novas elevações, sendo vendido a mais de R$ 4. Porém, a validade é bem mais curta. Não adianta estocar e ter que jogar fora depois. Então, atente-se a isso.
Mas, no caso dos hortigranjeiros, é mais complicado. Salvo alguns que podem ser congelados, o ideal é que sejam comprados frescos, semanalmente. E agora os preços das frutas, legumes e verduras dispararam. Tem a inflação da cenoura, do mamão, das folhosas que sofreram com a seca e, nos últimos dias, do tomate...
Ainda assim, consigo economizar. Eu compro em dia de promoção, regra básica. Cada rede de supermercados tem um ou mais na semana. Em geral, na quarta-feira, as empresas fazem as ofertas de hortigranjeiros. Como eles fazem a inflação da minha casa, é quanto eu fico mais atenta aos catálogos que anunciam as promoções. Estou cadastrada em várias redes de mercados para recebê-los no celular.
E digo para vocês que raramente vou até o supermercado, ou seja, ainda economizo na gasolina (e, principalmente, no tempo!). Com a pandemia, aumentou ainda mais a opção de supermercados que vendem pela internet com entrega em casa. Vários usam o WhatsApp ou têm site e aplicativos próprios. Uso também aplicativos que reúnem várias lojas, como iFood e Cornershop. Aliás, até os atacarejos já estão neles, com sua política de preços mais acessíveis.
Sentada no sofá de casa, eu pesquiso os preços e consigo cupons de desconto. Na semana passada, recebi dois vouchers de R$ 40 cada em um app. Aproveitei eles para as compras da semana em dia de promoção, quando ainda comprei cebola a R$ 2, banana a R$ 3 e maçã a R$ 5, por exemplo. Há uns seis meses, até conseguia preços melhores do que esses, mas, para agora, estão ótimos.
E sobre cashback: Que tal receber de volta parte do que gastou na compra?
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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