Enquanto os indicadores começam a mostrar a disparada de preços dos alimentos que o campo, o varejo e o bolso já sabiam que estava ocorrendo, a boa notícia é que um alívio pode vir nas próximas semanas. Não significa que os valores voltarão aos patamares anteriores, mas já é uma trégua. A regularidade recente de chuvas será sentida primeiro nos hortigranjeiros. À coluna, o novo secretário Estadual da Agricultura, Domingos Velho Lopes, projetou redução significativa de preços em 30 dias nas folhosas, como alface, rúcula e repolho. Já os tubérculos, como batata e cenoura, ainda levarão 60 dias, projeta ele.
Ele reforça o que a coluna vem avisando: não foi só a estiagem que elevou preços. Outros custos dispararam, como fertilizantes, energia elétrica e diesel. São gastos que se disseminam do campo até o varejo, desembocando em boa parte nos preços ao consumidor.
- Trabalhávamos com diesel a R$ 4,30 e agora estamos com ele a R$ 6 - exemplifica o secretário, que buscará mais informações nesta tarde em reunião com a Ceasa.
No atacado, a Ceasa identifica que os volumes ofertados ainda estão abaixo das necessidades de abastecimento, o que mantém os preços elevados. Isso deve continuar por um período prolongado em boa parte dos hortigranjeiros. As hortaliças-folha, de ciclo mais curto, já mostram uma leve baixa nos preços.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da colunista
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.