Após ter definido redução de preços pela primeira vez na história, as previsões apontam que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vá autorizar o maior aumento em duas décadas para os planos de saúde individuais e familiares. A agência passou a regular o setor em 2000. Até agora, o maior reajuste foi o de 2016, de 13,57%. Agora, os cálculos de especialistas e instituições financeiras giram entre 15% e 18%, ou seja, um recorde.
No ano passado, a redução foi de 8,19%. O motivo foi a pandemia ter reduzido os procedimentos médicos, o que provocou queda nos custos das operadoras de saúde. Agora, o Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS) projeta alta de 18,2%. Já a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) fala em reajuste de 16,3%. Além dos impactos da inflação nos custos, a retomada de procedimentos eletivos e os gastos com o tratamento das sequelas da chamada covid longa são apontados agora como motivos para os aumentos.
O anúncio deve ocorrer ainda em abril. O aumento começa a valer em maio, sendo aplicado no aniversário do contrato com o cliente. Nos planos de saúde empresariais e coletivos por adesão, o reajuste é negociado livremente, sem ter que obedecer o teto fixado pela ANS.
É mais um impacto nos gastos das famílias com saúde. Isso porque entrou em vigor em abril a autorização para aumento de 10,89% nos preços dos medicamentos.
O Rio Grande do Sul fechou 2021 com 2,587 milhões de usuários de planos de saúde no geral. Houve uma elevação de quase 60 mil no número de beneficiários em relação ao ano anterior. Considerando os planos individuais e familiares, são 351 mil gaúchos.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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