Porto Alegre começou o ano com 468.903 moradores inadimplentes, segundo dados enviados à coluna pela Serasa. São quase 8 mil a menos do que em janeiro de 2021, mas ainda é um número elevado. Ao todo, possuem 1,37 milhão de dívidas, que somadas batem os R$ 2,48 bilhões. Cada consumidor endividado tem uma dívida de cerca de R$ 5.289,20. No pico da primeira crise da pandemia, em abril de 2020, o número de porto-alegrenses inadimplentes era de cerca de 517 mil.
A Serasa também enviou à coluna dados de janeiro de todo o Rio Grande do Sul. O Estado começou o ano com cerca de 3,139 milhões de inadimplentes, uma alta de 6,25% em relação à janeiro de 2021, e um aumento de 11 mil pessoas em relação à dezembro passado, quando a coluna também trouxe os dados em primeira mão. Cerca de 34,97% da população adulta gaúcha está com contas atrasadas.
Os números altos na Capital e no Estado seguem uma tendência de toda região Sul e do país. A coluna participou de uma coletiva de imprensa da Serasa na última quinta-feira (10) onde foram apresentados dados nacionais e regionais. Se considerar todo o país, o número de inadimplentes chegou a 64,82 milhões em janeiro, volume próximo ao pico da pandemia registrado em abril de 2020. Só na Região Sul são 8,46 milhões de pessoas na situação de inadimplência.
Entre os motivos listados pela entidade durante o evento para explicar o alto número de inadimplentes estão os índices inflacionários — que se aproximam de 2003 —, a taxa de desemprego — apesar da queda recente no final no ano —, a diminuição da renda média e a alta taxa de juros. Além disso, também foi citado o impacto da guerra, que acarretará no aumento de preços de alimentos e também de combustíveis, como já vimos nesta quinta-feira.
Recentemente, a coluna conversou sobre os dados estaduais com o especialista da Serasa Gabriel Cantu. Na entrevista ao programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha) Cantu falou sobre as principais dívidas dos gaúchos (em destacou que todas pessoas com "nome sujo" na Serasa devem acessar à plataforma, porque muitas vezes há propostas de negociações que irão ajudar a limpar o nome.
Todo esse cenário nacional fez com que a Serasa lançasse uma edição emergencial do seu programa de renegociação de dívidas, o Serasa Limpa Nome.
— O início de 2022 se mostrou muito mais desafiador do que o esperado. Por este motivo, anunciamos a edição emergencial do Feirão Serasa Limpa Nome, que tradicionalmente ocorre no final do ano, como oportunidade para ajudar a minimizar o crescimento dos números de dívidas e de endividados — afirma Aline Maciel, gerente do Serasa Limpa Nome.
As negociações das dívidas podem ser feitas pelos canais digitais do feirão e nas agências dos Correios de todo o país até o dia 31 de março, com descontos que chegam a 99%. Ao todo, mais de 100 empresas oferecem renegociação, como bancos, telecomunicações, varejos e universidades. Na última edição do feirão, em novembro, cerca de 4 milhões de pessoas conseguiram negociar dívidas atrasadas.
Em recente entrevista ao programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha) o especialista da Serasa Gabriel Cantu destacou que todas pessoas com "nome sujo" na Serasa devem acessar à plataforma, porque muitas vezes há propostas de negociações que irão ajudar a limpar o nome.
— A Serasa aconselha fortemente que os leitores entrem no site ou aplicativo e verifiquem se tem algum acordo disponível para as dívidas. Muitas vezes os acordos são muito vantajosos, com descontos muito bons e também com parcelamento que cabe no bolso do brasileiro — disse Cantu. Veja a entrevista: Bancos e cartões se destacam nas dívidas dos 3,1 milhões de gaúchos no Serasa
Para essa edição do feirão, serão 33 milhões de dívidas com oferta de renegociação. Dessas, 20 milhões poderão ser quitadas com até R$ 100.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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