Mesmo que esperado, o aumento de quase 25% do diesel nesta sexta-feira (11) nas refinarias é um novo talagaço que as transportadoras de cargas terão que administrar. O combustível é o principal custo das empresas, com um peso que varia de 35% a 55%. O consumidor final que se prepare, já que quase 90% das mercadorias no país são transportadas por caminhões.
- Foi um talagaço, mas não tinha mais como segurar - comentou à coluna o vice-presidente de Transportes do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs), Diego Tomasi. Ele se refere à disparada do petróleo provocada pela guerra no leste europeu, que já sinalizava que os reajustes pela Petrobras viriam a qualquer momento.
Tomasi mostrou à coluna a análise do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado da NTC&Logística (CONET) apontando para um novo reajuste de fretes de 8,75%. O percentual se soma ao aumento sugerido no mês passado no serviço de cargas fracionadas e na carga lotação. O comunicado às transportadoras fala agora em aplicação emergencial, "acumulando um reajuste total de 28,96% na carga fracionada e 38,82% na carga lotação". Não há um tabelamento no setor, mas os cálculos da entidade são usados como parâmetro para as negociações.
- O setor de transportes vai passar pela maior revolução da sua história. Que sobrevivam as empresas mais organizadas, corretas, com melhor gestão e sustentáveis - diz Tomasi, que também é diretor da Tomasi Logística.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.