Está marcada para a próxima terça-feira (11) reunião do conselho diretor da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) para discutir o reajuste das tarifas de gás natural no Rio Grande do Sul. Ainda não se sabe quanto a Sulgás repassará do aumento de 50% da Petrobras, mas a expectativa é grande de clientes industriais, comerciais, residenciais e, principalmente, que trabalham com gás natural veicular (GNV), como motoristas de aplicativo e taxistas. Vários investiram em equipamentos de conversão nos veículos para fugir da gasolina cara e estão questionando a coluna sobre a dimensão da elevação, com receio de que inviabilize o uso do combustível. O mesmo ocorre com transportadoras que compraram caminhões a gás para escapar do diesel e, de quebra, usar o apelo ambiental. O gás é fóssil, mas polui menos, sendo uma transição aos renováveis.
- Se a relação com o combustível líquido for desvantajosa, todo o mercado de GNV poderá sofrer um grande impacto - alerta João Carlos Dal'Aqua, presidente do Sulpetro, sindicato que representa os postos.
Alguns Estados conseguiram liminares suspendendo o reajuste da Petrobras. Aqui no RS, o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, aguarda posicionamento do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) à provocação da associação das distribuidoras. O caso está na superintendência-geral do órgão.
- Foco também no projeto da térmica de Rio Grande, pois não é apenas uma térmica, mas mais uma entrada de gás, além de uma atuação diplomática para trazer gás da Argentina - diz Lemos.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o coordenador do grupo Temático de Energia e Telecomunicações do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Edilson Deitos, disse ter recebido a informação de que o setor industrial terá reajuste na faixa de 22% a 29%. Ele entende que é um movimento internacional de alta no preço da commodity, mas concorda que o impacto é elevado.
Atualização: Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o diretor da Sulgás, Carlos Colón, não quis antecipar os percentuais previstos de reajusta, mas garantiu que o GNV continuará viável economicamente. Confira a entrevista abaixo, entre outras que foram ao ar na Rádio Gaúcha sobre o assunto:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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