Os pedidos de recuperação judicial de empresas tiveram um forte recuo em 2021. Foram registradas 63 solicitações no Rio Grande do Sul, 42,2% a menos do que em 2020, quando foram 109 pedidos. O número também é inferior ao período pré-pandemia, conforme o monitoramento da Serasa Experian enviado à coluna. Em 2019, tinham sido 80 solicitações à Justiça.
A recuperação judicial é um mecanismo para dar um fôlego à empresa para evitar a quebra. Ela substituiu a antiga concordata. Quando ela é autorizada pela Justiça, ações de cobrança, por exemplo, são suspensas, assim como serviços essenciais à operação da empresa não podem ter o fornecimento interrompido, como energia elétrica. A empresa tem um prazo para apresentar um plano de reestruturação financeira para ser votado pelos credores.
Na média nacional, também houve queda de pedidos de recuperação judicial em 2021. Foram 24,4% pedidos a menos do que 2020. Pelo Brasil, empresas do setor de serviço foram as que mais demandaram pelo recurso de recuperação judicial, com 460 pedidos. Ainda assim, é menos do que as 589 solicitações do setor em 2020. As áreas do comércio e indústria também tiveram diminuição, marcando 199 solicitações e 142 respectivamente.
Além dos pedidos de recuperações judiciais, houve também queda nas falências decretadas em empresas do Estado em 2021. Foram 35 registros no ano passado, 23,9% abaixo dos 46 de 2020. Bem abaixo, também, de 2019, quando o Estado registrou 157 falências. Além disso, o Estado não registrou nenhum pedido de falência em 2021.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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