Mais uma alta de preços no horizonte para o consumidor. Derivados de trigo terão elevação de 15% a 20%, o que inclui pães, massas e biscoitos. O alerta é do vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos do Rio Grande do Sul, Arildo Bennech Oliveira.
O motivo principal é o recorde no preço do trigo argentino, que bateu R$ 2 mil a tonelada. Em 2018, era de R$ 1,2 mil. A alta do dólar, claro, está entre os motivos. Porém, há, ainda, alta do custo de produção e do frete, além de sobretaxas aplicadas pelos governos argentino e russo, países que exportam bastante o cereal.
A produção de trigo brasileira foi recorde, assim como no Rio Grande do Sul. Porém, não é suficiente para abastecer os moinhos de farinha daqui. Além disso, o Estado também exporta, fazendo com que o mercado interno tenha que concorrer com cotações internacionais. O que restou da safra passada também foi comprado para ração, já que os preços do milho e da soja estavam mais altos.
- O trigo que fica não faz pão francês ou massa fresca. Para biscoito, até é tranquilo. Mas precisamos importar de 5 a 6 milhões de toneladas de trigo argentino - diz Arildo Bennech, que também é vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
E alerta:
- O que é certo é que todos os derivados subirão a partir de janeiro. E será alta forte, de 15% a 20%.
O repasse de preços, no entanto, trava na capacidade de pagamento do consumidor, que já está com a renda apertada com a inflação de dois dígitos de 2021.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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