O aumento de R$ 0,25 no diesel aplicado pela Petrobras terá impactos de 6% a 11% nos preços dos fretes. A estimativa é do vice-presidente de Transportes do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs), Diego Tomasi. A dimensão da alta pegou de surpresa o setor, que tem o combustível no topo do seu ranking de custos. Há 85 dias sem ajustes, o litro subiu, de uma tacada só, quase 9% na refinaria hoje: 85 dias depois, o aumento do diesel veio como um talagaço
- Como existem operações diferentes dentro do setor, o percentual (de aumento do frete) varia de acordo com cada uma - explicou Tomasi em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Segundo ele, o aumento impacta menos em entregas fracionadas de curta distância, como as que englobam o e-commerce. Elas devem ter alta de 6% a 8%. Já as cargas de longa distância, como as que vão do Rio Grande do Sul para São Paulo, terão reflexo maior, com ajustes entre 9% e 11%.
O Setcergs não define valores, que são negociados entre as transportadoras e seus clientes. No entanto, ele sugere ajustes de preços do frete conforme a cesta de custos. O diesel pesa de 30% a 40% nos gastos das empresas.
- Lembrando que, quando sobe o diesel, aumenta um série de outros insumos, como o pneu, óleo lubrificante e etc.
Em tempo, o transporte brasileiro de mercadorias é essencialmente rodoviário. Com isso, haverá mais efeito em cascata, que chegará ao consumidor final e, por consequência, à inflação, que vem preocupando o país.
Ouça a entrevista completa do diretor Diego Tomasi, também diretor da Tomasi Logística:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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