Com uma sensação de que os sobressaltos não vão parar tão cedo, o Ibovespa começa a tarde com queda forte de 3%, perdendo os 110 mil pontos e renovando suas mínimas. O dólar sobe mais de 1%, vendido a R$ 5,44. Há motivos para todos os gostos, que vêm do Exterior e daqui do nosso ambiente doméstico brasileiros.
A alta do inflação e dos juros não é um problema só do Brasil. Preocupa, inclusive, os Estados Unidos. Isso se reflete, em especial, nas ações das varejistas, com ponderações inclusive para as vendas de Natal. A expectativa de que a vacinação libere o consumo represado é boa, mas isso esbarra na renda corroída das famílias. A ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reforçou a preocupação da autoridade monetária com a atividade econômica, levando ao não aumento no ritmo de alta do juro, mas alongando o ciclo de aperto monetário.
O mesmo acontece em relação à crise energética, que também não é uma situação exclusiva do Brasil. Na China, há racionamento e apagões em horário de pico. Fábricas suspendem produção pelo alto preço do carvão, e lojas de shopping chegam a atender a luz de velas. Na Europa, o preço do gás natural bate recordes, acrescenta Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP Investimentos.
Por aqui, o "talagaço" do diesel vem como um aditivo à preocupação com a inflação. Anunciada hoje pela Petrobras, a alta de R$ 0,25 no preço do combustível impacta o transporte de cargas e, em cascata, a inflação, além de pressionar o caixa das empresas. Certamente, terá impacto no caixa.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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