Os criminosos cibernéticos fizeram mais uma vítima. Desta vez, foi a rede de Lojas Renner, que tem sede em Porto Alegre e centenas de lojas no Brasil e no Exterior, além de um investimento pesado no e-commerce. Como tem capital aberto na bolsa de valores, a varejista confirmou a informação em um fato relevante ao mercado na tarde desta quinta-feira (19).
Conforme a coluna verificou, o site e o aplicativo da Renner estão com os serviços indisponíveis. Nas lojas físicas, o sistema também ficou fora do ar. No entanto, elas mantiveram o atendimento ao público, garante a companhia.
"(...) sofreu um ataque cibernético criminoso em seu ambiente de tecnologia da informação, que resultou em indisponibilidade em parte de seus sistemas e operação e prontamente acionou seus protocolos de controle e segurança para bloquear o ataque e minimizar eventuais impactos.", diz trecho do comunicado (veja a íntegra abaixo).
Ainda segundo o texto, a maior parte das operações foi restabelecida e os principais bancos de dados permanecem preservados. Não foi informado se os criminosos pediram algum valor de resgate, como tem ocorrido nos ciberataques. A coluna pediu mais detalhes à assessoria de imprensa da Renner e aguarda retorno.
Outras empresas gigantes foram vítimas de ataques de hacker recentemente. Entre elas, a Embraer e a JBS. Esta última pagou um resgate de US$ 11 milhões pelos dados. Aqui no Rio Grande do Sul, houve invasão também dos sistemas do Tribunal de Justiça (TJ-RS). A decisão de pagar ou não o resgate tem dado dor de cabeça para empresários. Isso porque os ataques não têm mais se restringido a grandes empresas. Negócios de pequeno e médio porte têm relato à coluna que enfrentam a situação.
O comunicado da Lojas Renner na íntegra:
"LOJAS RENNER S.A. (“Companhia”), em observância ao disposto na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) n.º 358, de 30 de janeiro de 2002, conforme alterada, vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral que, nesta data, sofreu um ataque cibernético criminoso em seu ambiente de tecnologia da informação, que resultou em indisponibilidade em parte de seus sistemas e operação e prontamente acionou seus protocolos de controle e segurança para bloquear o ataque e minimizar eventuais impactos.
Neste momento, a Companhia atua de forma diligente e com foco para mitigar os efeitos causados, com a maior parte das operações já restabelecidas e tendo sido verificado que os principais bancos de dados permanecem preservados. Cabe ressaltar que em nenhum momento as lojas físicas tiveram suas atividades interrompidas. A Companhia ressalta ainda que faz uso de tecnologias e padrões rígidos de segurança, e continuará aprimorando sua infraestrutura para incorporar cada vez mais protocolos de proteção de dados e sistemas.
A Companhia manterá o mercado informado de qualquer informação relevante relacionada a este evento, e informará as autoridades competentes nos próximos dias."
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Francine Silva (francine.silva@rdgaucha.com.br)
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