Além das camisas, calças, agasalhos, bermudas e tops, o uniforme oficial do Brasil na Olimpíada de Tóquio ganha neste ano, também, máscaras. E elas foram produzidas por uma empresa gaúcha: a Top Shoes Brasil, de Campo Bom, dona da marca Fiber. Segundo o diretor comercial Tiago Dal Pizzol, foram confeccionados cerca de 2,5 mil itens de proteção para atletas, treinadores e todo o restante da equipe do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
- A nossa máscara está sendo usada para prática de esporte há bastante tempo. Muitos atletas que estarão na Olimpíada já usavam. Então, entramos em contato com o Comitê Olímpico Brasileiro e fizemos a parceria. O nosso produto será usado no evento de abertura e nos pódios. Faz parte do uniforme da delegação - conta Tiago.
Ao todo, são três cores de máscaras: verde-militar, azul-marinho e branca. Elas também têm estampas com o logo do COB. Os produtos foram feitos na fábrica da empresa em Campo Bom e já estão em Tóquio.
Tiago também informa que agora a Fiber está em processo para comercializar a máscara para o público em geral. O produto deve chegar aos pontos de venda nas próximas semanas. Além da COB, as máscaras da marca também são as oficiais da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF.
Desde o início da pandemia, a Top Shoes Brasil já produziu 3 milhões de máscaras da Fiber, faturando R$ 100 milhões. Hoje, a produção varia entre 10 mil a 12 mil itens de proteção por dia, e o produto está disponível em cerca de 1,2 mil lojas de esportes pelo Brasil, além do canal próprio de e-commerce. Também está iniciando o processo de exportação para os Estados Unidos, onde abriu um escritório comercial em Orlando, na Flórida.
O produto, chamado de Fiber Knit, usa tecnologia de tecidos para roupas e calçados esportivos, atrelada à proteção das máscaras N95. O próximo desafio da marca, conta o CEO Gustavo Dal Pizzol, é manter o mesmo entusiasmo que as máscaras esportivas trouxeram, mas com outros produtos, como luvas, braceletes , meias e tênis.
Fábrica com impressoras 3D
A Top Shoes Brasil usa tecnologia de impressão 3D para seus produtos. Nas máscaras, por exemplo, o molde que é incorporado ao produto final é impresso nesse sistema. Para 2022, a empresa quer abrir uma unidade fabril que viabilize a produção em alta escala de produtos feitos em impressoras 3D. Para isso, o objetivo é que, nos próximos dois anos, essa nova unidade tenha mil impressoras trabalhando ao mesmo tempo. Além disso, as próprias impressoras serão produzidas pela empresa.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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