A coluna já havia cantado a pedra, que agora se confirmou. A Corsan está na mira da Equatorial Energia, que comprou a CEEE-D. O presidente da companhia, Augusto Miranda, foi questionado sobre a possibilidade na conferência com investidores sobre o resultado do primeiro trimestre da empresa, que tem capital aberto na bolsa de valores. Ele indicou que há interesse tanto na companhia de saneamento do Rio Grande do Sul, quanto na CEA, do Amapá. Ambas serão privatizadas.
No entanto, os executivos mostraram que há um caminho interno na empresa a ser percorrido para que ela efetivamente parta para a tentativa de compra. Um "rito", como chamaram. No momento em que surge o interesse, o ativo é analisado por um comitê da diretoria, onde é discutida a viabilidade. Depois, em caso positivo, "sobe" para o conselho da Equatorial avaliar a sugestão.
Desde o ano passado, a Equatorial vem disputando leilões em saneamento. Participou de licitações no Espírito Santo, Alagoas e, mais recentemente, da concorrência de blocos da Cedae. Já o governo gaúcho quer privatizar a Corsan em outubro por meio da venda de ações.
Talvez esteja aí uma brecha para sinergia de operações para a Equatorial no Rio Grande do Sul, atuando também em saneamento, além da área de energia elétrica. Ambos são setores de demanda estável, pois trabalham com produtos de primeira necessidade, mas que exigem investimentos. E, no caso de CEEE e Corsan, há um desafio extra de gestão, especialmente de dívidas.
Sobre o braço de distribuição da CEEE, que foi a unidade comprada pela Equatorial, Miranda disse na reunião com os investidores que o desafio agora será equacionar o passivo da companhia. Um grupo foi formado para avaliar o endividamento da companhia.
- Para mitigar o risco, fizemos a contratação de hedge para exposição em moeda estrangeira. em abril - disse ele.
Reforçaram, ainda, que o perfil de consumidores da CEEE com renda mais alta deve facilitar o avanço na mudança da empresa. Miranda ainda disse acreditar que será derrubada a liminar que impediu a assinatura do contrato.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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