Permitir que as pessoas possam conhecer uma vinícola sem precisar sair de Porto Alegre foi a ideia que deu origem à Ruiz Gastaldo, uma vinícola "urbana" no bairro Chácara das Pedras. A produção da bebida já existe há dois anos e, agora, após uma reforma, o local receberá clientes para visitas e degustação.
— O conceito de vinícola urbana ganhou força no início dos anos de 2000 em metrópoles como Nova York, Paris e Barcelona. São vinícolas sem a parte dos vinhedos, somente com vinificação — explica o proprietário Eduardo Gastaldo.
As uvas dos seis rótulos vêm de diversas regiões do Estado, como a serra gaúcha. Em 2016, quando Gastaldo começou a produzir vinhos para consumo caseiro, ele chegava a ir para Bento Gonçalves com um tanque de fermentação na caçamba da caminhonete para recolher as frutas. Quando chegava a Porto Alegre, a bebida ficava fermentando em cima do veículo para, depois, ser colocada na pipa.
— Agora, colhemos as frutas em caminhões frigoríficos e temos equipamentos instalados aqui em Porto Alegre. Mesmo em pequena escala, já temos um controle industrial da nossa bebida - comenta o empresário.
O espaço abrirá para visitas no dia 11 de junho e funcionará por meio de agendamento. A visita com degustação custará R$ 90 por pessoa. Mas haverá o serviço de confraria, quando a vinícola será fechada para um grupo mínimo de quatro pessoas e haverá, além da degustação e da visita, uma apresentação da história do local e da bebida. Neste caso, será R$ 150 por pessoa.
Um dos destaques da decoração é um carro antigo, um Citroen 11 Ligeiro, de 1953. O carro é do sogro de Gastaldo. Aliás, o bisavô do proprietário, Jenuário Grecco, foi dono do primeiro carro a circular por Porto Alegre, em 1906.
A história da vinícola
Com sogro argentino, Eduardo Gastaldo, engenheiro de formação, foi introduzido no mundo dos vinhos quando conheceu a esposa, Camila Mincarone Ruiz Gastaldo. A partir de então, começou a mergulhar no assunto, participar de degustações e ter o interesse de produzir a própria bebida. Em 2016, comprou os primeiros equipamentos e encomendou as primeiras uvas.
— A ideia era produzir vinho para consumo próprio, familiar e entre amigos. Não tinha pretensão de ser um negócio - diz ele.
Com o bom resultado do primeiro vinho, Gastaldo entendeu que aquilo poderia se tornar um negócio e adequou o espaço para estar em conformidade com a prefeitura e o Ministério da Agricultura.
— Com a regularização da vinícola, começamos a vender para estabelecimentos comerciais. Hoje, nós temos nossos vinhos em algumas lojas e restaurantes pelo Estado.
O preço médio por rótulo é de R$ 120. A vinícola já tinha começado a receber clientes antes da pandemia, mas, em 2020, parou completamente e optou por reformar o espaço. Eduardo Gastaldo faz parte do projeto Brasil de Vinhos, relembre: Gaúchos lançam "vitrine virtual" com 142 vinícolas nacionais
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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