E não é que março veio com um bom resultado de empregos no RS? A coluna estava com receio do resultado do mês considerando que várias atividades econômicas sofreram novas restrições (que seguiram por um tempo em abril. Mas foram criados 17.762 postos de trabalho com carteira assinada, segundo o Caged, cadastro do Ministério da Economia.
Os melhores resultados foram na indústria (+9,3 mil) e nos serviços (+6 mil). Mas o comércio também abriu vagas (+3.111), assim como a construção (+673). Apenas agropecuária teve saldo negativo (-1,5 mil). Lembrando que a nova metodologia do Caged, adotada em 2020, traz um grande número de empregos temporários.
Na indústria, os melhores desempenhos foram nas fábricas de fumo (+4 mil) e de alimentos (+ 1 mil), que estão bastante relacionados à sazonalidade e à safra. Empresas que produzem máquinas e equipamentos também se destacaram.
No setor de serviços, os comportamentos foram bem extremos. Enquanto empresas de hospedagem e alimentação fecharam mais de 2 mil empregos, o resultado foi bastante positivo porque se sustentou na criação de 7,5 mil empregos pelos segmentos de educação, informação, atividades financeiras e administrativas.
Considerando o acumulado do primeiro trimestre de 2021, são 74.448 empregos formais abertos no Estado. Já superamos o baque que o início da crise teve no mercado de trabalho há um ano. O saldo fica positivo em +14.065 ao se observar as demissões e as contratações desde quando a pandemia foi declarada, em março de 2020.
E, finalmente, foram publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira (28) - e já estão em vigor - as medidas trabalhistas que estão sendo reeditadas pelo governo federal para que empresas tenham um novo fôlego para enfrentar a crise provocada pela pandemia. Para as duas, foi destinada uma verba de quase R$ 10 bilhões. Saiba mais: Finalmente, saiu o fôlego que as empresas precisavam para segurar empregos
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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