Quatro em cada dez gaúchos (42,9%) não tiveram a renda afetada ou ela foi até aumentada na pandemia. Apesar de ser menos da metade, chama a atenção o número dada a intensidade da crise econômica provocada pela pandemia. Sabe-se, claro, que a discussão é mais profunda, considerando que o impacto é diferente conforme o poder aquisitivo da família, com uma tendência de aumento da desigualdade social.
Pois esse dado que a coluna chamou a atenção em uma pesquisa de Dia das Mães, na qual a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) fez, também, perguntas conjunturais. Entre os entrevistados, 57,1% afirmou que teve sua renda reduzida pelo coronavírus, pouco (22,3%) ou muito (34,8%).
O levantamento também apurou o percentual de pessoas que foram beneficiárias das medidas federais de preservação da renda e do emprego em 2020. De todos entrevistados, 50,4% referiram que nenhuma pessoa do seu núcleo familiar teve acesso a esses tipos de benefício. Entre as medidas, destaque para o auxílio emergencial, recebido por 47% deles. Já suspensão de contrato (2,1%) e redução de jornada e salário (1,3%) tiveram participação menor entre as respostas.
Participaram da pesquisa mais de 800 pessoas em Santa Maria, Porto Alegre, Caxias do Sul, Ijuí e Pelotas. As entrevistas foram feitas por telefone devido à pandemia.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.