Só pela concessão dos aeroportos do lote Sul, que inclui Bagé, Pelotas e Uruguaiana, o Grupo CCR pagará ao governo federal R$ 2,1 bilhões. O ágio foi enorme, de 1.534,36%, com o excedente oferecido em relação ao preço mínimo. No início de março, a coluna já tinha noticiado que sete grupos empresariais participariam do certame.
Esse dinheiro da disputa vai para o Fundo Nacional de Aviação Civil. Segundo o Ministério de Infraestrutura, o recurso é aplicado, principalmente, na aviação regional, um segmento que precisa de investimento e tem grande potencial para crescer. Ainda mais se for concretizada a previsão de que a pandemia deixará como herança uma descentralização de negócios e mercado de trabalho que se concentram no entorno das capitais.
E, claro, os leilões trarão o investimento direto na aviação regional a partir dos aportes que precisarão ser feitos pelas vencedores nos terminais. São aeroportos do Interior, que terão de ser reformados e modernizados. As operações aqui do Rio Grande do Sul deve receber investimentos superiores a R$ 200 milhões.
Diversas companhias aéreas têm manifestado interesse e já começado a operar mais voos para cidades menores. Para isso se acelerar, uma boa estrutura é essencial. Às vezes, novas rotas esbarram na capacidade e nas condições técnicas dos terminais.
A coluna tem noticiado as ofensivas da Azul e da Gol. Aqui no Rio Grande do Sul, um programa estadual concede incentivos para empresas que apostaram na aviação regional. A Azul já aderiu e a Gol está pleiteando a entrada. Os estímulos ao setor vêm sendo negociados há anos, conforme a coluna acompanha, e com participação ativa do deputado estadual Frederico Antunes, que preside a Frente Parlamentar da Aviação Civil da Assembleia Legislativa.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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