Para fugir da alta do ICMS em São Paulo, uma empresa que distribui produtos médicos para todo o Brasil transferiu parte do seu estoque para Porto Alegre. A Endotec Medical considerou que valia a pena mesmo com o custo logístico. Ela sentiu a elevação, em janeiro, do tributo cobrado de empresas de produtos de saúde, após um período de isenção durante a pandemia.
— Apesar do gasto com envio e faturamento dos itens, foi a manobra que encontramos para minimizar os efeitos da tributação — conta Marcelo Yukio Goto, diretor Financeiro da Endotec.
Em alguns produtos, com a retomada do imposto, a alíquota de ICMS em São Paulo saltou de zero para 18%. Só que a pandemia não acabou. A estratégia foi adotada pela Endotec, portanto, manter os preços aos clientes até março, ao menos. No Rio Grande do Sul, a isenção foi prorrogada até o dia 31.
- O setor possui margens baixas, pois parte dos procedimentos é realizada pelo SUS, que tem repasses irrisórios - acrescenta Goto.
Além disso, um estudo para minimizar a elevação do tributo está sendo conduzido em parceria com a Seteco Consultoria Contábil, que atua em parceira com a Endotec.
— Independente do setor, quanto maior a empresa, mais complexo é o regime tributário. Oferecemos retaguarda tributária e apoio técnico para viabilizar o processo de migração — explica José Maria Chapina Alcazar, presidente da Seteco.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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