O que será das lojas e das marcas BIG e Nacional? Essa é uma das perguntas mais enviadas pelos leitores desde que noticiamos nessa quarta-feira (24) a compra do Grupo BIG pelo Carrefour. O futuro desses super e hipermercados foi tratado pelos executivos em conferência com investidores acompanhada pela coluna.
Sobre a marca BIG, ela deve ser extinta. Lembrando que esse já era o plano do Walmart, interrompido pela venda da operação brasileira para o fundo de investimentos Advent. O comprador, na época, não só retomou a marca como usou ela no nome da holding que foi criada. Agora, o Carrefour informa que os hipermercados serão convertidos para as bandeiras Carrefour mesmo, Atacadão ou Sam's Club. A escolha dependerá da localização e do potencial do modelo de negócio de cada unidade. Para o grupo francês, isso vai melhorar as vendas e os resultados da operação.
Já a bandeira Nacional, antiga em supermercados gaúchos, deve ser mantida devido à sua presença local. No entanto, a marca deve ter acrescentados elementos da marca Carrefour, como o "C" do logotipo. O mesmo deve ocorrer com o Super Bom preço, que é forte no Nordeste.
Em tempo, o atacarejo do Grupo BIG, que tem a bandeira Maxxi, vai virar Atacadão, que é a marca do Carrefour já. O processo deve ser semelhante ao que já está sendo feito nas lojas compradas do Makro, incluindo as operações do Rio Grande do Sul. As bandeiras Sam's Club e TodoDia serão mantidas
Pela sinalização dos compradores, as lojas serão mantidas e, ainda, receberão um forte investimento, estimado em R$ 1 bilhão. A ideia da empresa é ampliar a atuação no Sul e no Nordeste, abocanhando uma boa fatia de consumidores. Em especial, no segmento de supermercados, que são as lojas menores. Todas as bandeiras serão conectadas pelo programa de fidelidade Meu Carrefour, além da forte aposta no e-commerce.
O negócio está sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que fiscaliza a concorrência de mercado no país. Pela complexidade da aquisição, a expectativa é de que seja finalizada em 2022, com o processo de sinergia das operações durando mais três anos. A transformação das lojas nas novas bandeiras deve levar de 12 a 18 meses, após o "ok" do Cade. Na Região Sul, são 133 operações compradas pelo Carrefour.
O desempenho do Grupo BIG ficava abaixo das grandes redes do setor. A negociação com o Carrefour levou alguns meses, após os controladores da empresa brasileira terem procurado o grupo francês. Chegou a ser cogitada a abertura de capital do BIG, mas a venda acabou sendo a opção escolhida e atingiu R$ 7,5 bilhões.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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