Na onda das críticas e intervenções do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras, o setor de energia elétrica também está em alerta. Isso porque ele disse que fará interferências também na área, chegando a dizer que vai "meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também". A projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de um aumento de 13%, em média, na tarifa de energia para 2021. Na região Sul, outro levantamento estima alta de 12,2%, o triplo da inflação. O governo quer mitigar essa alta, assim como tenta nos combustíveis.
Com isso, a coluna perguntou se houve alguma alteração no calendário de venda da CEEE ao chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul e ex-secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior. Ele afirmou que sim. A operação de distribuição, CEEE-D, tem leilão previsto para 31 de março. Para maio, está prevista a venda da unidade de transmissão, CEEE-T, e, para junho ou julho, ficará a CEEE-G, de geração. Recentemente, ocorreu a cisão desses dois braços da empresa.
Lemos sabe, claro, que a situação pode gerar instabilidade no mercado e alguns interessados ficarem em alerta. No entanto, a previsão para CEEE não sofreu alteração com a declaração do presidente Bolsonaro. A fala foi breve e sem detalhes, mas já aumentou a percepção de risco ainda mais após a indicação para troca no comando da Petrobras.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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